Prof.Hernani
Repórter da Agência Brasil
“Desta forma, você poderá assistir a aula de qualquer professor em qualquer universidade do Brasil. Se quer um tema específico, entra lá e assiste a palestra. Serve para complementar o curso que está fazendo e isso vai multiplicar a capacidade pedagógica de aprendizagem. A iniciativa não substitui a universidade, não substitui a certificação que é o diploma, mas ajuda a reforçar o processo de aprendizagem”, explicou o ministro.
Mercadante explicou que as universidades terão autonomia para decidir se querem participar do projeto. O assunto, segundo ele, já foi discutido com reitores e foi recebido com “simpatia”.
O ministério promoveu hoje seminário sobre educação digital, que teve a
participação do professor norte-americano Salman Khan, autor de mais de
3,8 mil videoaulas na internet, com 200 milhões de acessos. No evento,
Khan defendeu o uso da educação digital como forma de democratizar o
acesso ao ensino de qualidade. “O conteúdo ao qual o filho dos mais
ricos tem acesso pode ser dado aos menos servidos de educação. Queremos
tornar a educação, não em algo escasso, mas em um direito humano que
todas as pessoas possam ter”, disse.
Graduado pelo renomado Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT,
sigla em inglês) e com MBA pela Universidade de Harvard, Khan trabalhou
no mercado financeiro antes de se tornar conhecido no mundo virtual por
postar aulas sobre matemática, física, biologia, química e outras
disciplinas, o que o levou a criar uma organização acadêmica. Na
avaliação de Khan, ferramentas tecnológicas otimizam o tempo dos
professores e contribuem para ampliar o contato entre aluno e professor e
estimulam o aprendizado individualizado.
Cerca de 400 aulas do professor foram traduzidas para o português pela
Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos. O material deverá
integrar o conteúdo dos tablets a serem distribuídos, este ano,
pelo Ministério da Educação (MEC) aos professores do ensino médio,
informou Mercadante. As aulas podem ser acessadas gratuitamente na
internet.
“É mais uma opção que o professor tem para ver boas aulas, práticas
didáticas exitosas e isso vai enriquecer o repertório dele. Se o
professor e a rede municipal ou estadual tiverem interesse de utilizar
de uma forma mais intensa, o MEC está disposto a apoiar, não só essa
plataforma, mas outras similares”, explicou o ministro.
Edição: Carolina PimentelFonte:Agência Brasil

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